sábado, 6 de junho de 2009

Polisário admite voltar às armas


Salem Lebsir, dirigente da Frente Polisário, apela ao Conselho de Segurança e diz que os sarauis não podem "ficar à espera no deserto"

Há 34 anos que a Frente Polisário luta pela independência do Sara Ocidental, tempo de mais para muitos sarauis que vivem no território ocupado por Marrocos em 1975 e para os 165 mil que fugiram para os campos de refugiados no Sul da Argélia. O governador de um desses campos, o de Dakhla, Salem Brahim Lebsir, está em Lisboa e põe a hipótese de um regresso à luta armada se as negociações falharem. "Não queremos voltar à guerra, não queremos romper o cessar-fogo. Mas, se nos obrigarem, o que vamos fazer?"
A guerra no Sara Ocidental, que durante 15 anos opôs a Polisário ao Exército marroquino, terminou em 1991 com um acordo de cessar-fogo e a expectativa de um referendo organizado pelas Nações Unidas, que criou uma missão específica para o efeito, a Minurso. Agora a Polisário volta-se para o novo enviado da ONU para o Sara Ocidental, Christopher Ross, para o Conselho de Segurança das Nações Unidas ou para a nova Administração norte-americana. E, se tudo falhar, põe a hipótese de um novo conflito.
"Voltar a pegar em armas é uma das hipóteses que temos", diz Salem Brahim Lebsir, que é também membro do secretariado nacional da Frente Polisário e está em Portugal a convite do Conselho Português para a Paz e Cooperação. Em entrevista ao PÚBLICO, sublinhou que a Polisário "não quer a guerra", mas admitiu que a violência possa regressar ao território no próximo ano. "Preferimos morrer a combater do que ficar ali à espera, em pleno deserto, mais do que 34 anos". Muitos sarauis nunca conheceram outra casa senão esse "pleno deserto" que são os acampamentos de refugiados, cada um com o nome de uma cidade do Sara Ocidental que ficou para trás.
Salem Lebsir hesita quando lhe perguntam sobre a nova ronda de negociações que não tem data marcada. Em 2007 chegou a haver negociações mediadas pela ONU perto de Nova Iorque, mas não houve acordo. Agora o enviado especial da ONU visitou Marrocos, Argélia, França e Espanha. Lebsir recorda o encontro com os representantes da Polisário: "Dissemos que queremos o referendo e ele respondeu que vai fazer um esforço para chegar a uma solução".
Mas Salem Lebsir não está muito optimista. "Não vemos vontade por parte do Conselho de Segurança. A França continua a apoiar Marrocos. Os americanos ainda não tornaram clara a sua posição. No tempo de Bush estavam com Marrocos e agora, com Obama, ainda não sabemos qual é a posição política em relação ao Sara Ocidental", diz. "E se o Conselho de Segurança não pressionar Marrocos para que aceite um referendo, não creio que o enviado especial vá resolver o problema".
As principais acusações vão, no entanto, para Rabat. "Marrocos mantém a sua posição de autonomia e nós defendemos um referendo com três opções: autonomia, independência e integração em Marrocos", explica Lebsir. A Frente Polisário tem defendido que o referendo se faça a partir do recenseamento realizado por Espanha ainda em 1973, quando o Sara Ocidental estava sob domínio espanhol, e não um recenseamento feito após a ocupação marroquina através da operação Marcha Verde, em 1976. "Marrocos quer que a população marroquina que vive agora no Sara Ocidental tenha direito a votar, e isso não podemos aceitar".

Isabel Gorjão Santos

Bissau volta a reconhecer República Árabe Saaraui Democrática



O Governo da Guiné-Bissau voltou a reconhecer formalmente a existência da República Árabe Saaraui Democrática (RASD), noticiou hoje o Diário de Bissau com base num comunicado do executivo guineense.

"O Governo guineense sustentou a sua medida com base nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a questão do Saara Ocidental", refere o jornal.

"Depois de ter analisado a questão à luz das resoluções da Assembleia Geral da ONU e do Conselho de Segurança da ONU, que permitiram o Reino de Marrocos e a Frente Polisario estabelecer negociações directas, por forma a encontrar uma solução política justa e aceitável, o Governo decidiu levantar a suspensão de reconhecimento da RASD em vigor desde 1997", adianta o comunicado do Governo guineense.

Marrocos anexou o território do Saara Ocidental - rico em fosfatos - na sequência da saída da ex-potência colonial, Espanha, em 1975, mas os independentistas da Frente Polisário, apoiados pela Argélia, auto-proclamaram a República Árabe Saaraui Democrática (RASD), reconhecida por cerca de 70 países, sobretudo africanos, e cujo governo está estabelecido nos campos de refugiados de Tindouf, sudoeste argelino.

Os marroquinos evocam alegados direitos históricos sobre o território e a sua população, mas a Frente Polisario defende a independência contrapondo com a autonomia histórica do povo daquela zona costeira do maior deserto do mundo.

Desde 1991 que está em vigor um acordo de cessar-fogo entre Marrocos e a Polisario no âmbito do plano de paz da ONU, aguardando-se o referendo de autodeterminação, que devia realizar-se com a ajuda da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Saara Ocidental (MINURSO). O referendo, que faz parte do Plano Baker, nome do antigo secretário de Estado norte-americano James Baker, enviado especial do secretário-geral da ONU para o Saara Ocidental, ainda não se realizou por divergências sobre o recenseamento para a consulta popular.

Marrocos e a Frente Polisario iniciaram em Junho de 2007 o último processo de negociação sobre o futuro da ex-colónia espanhola. O actual processo de negociações resulta da resolução 1.754, aprovada em 2007 pelo Conselho de Segurança da ONU, que exortava as partes a retomarem o diálogo "de boa fé" depois de sete anos sem contactos directos.

Portugal já chefiou a missão da MINURSO por duas vezes. Entre 1996 e 1997, a missão militar da ONU no Saara foi liderada pelo Maj. General Barroso de Moura, e entre Março e Novembro de 1996 pelo Maj. General Garcia Leandro.

A Guiné-Bissau mantém acordos de cooperação em várias áreas com Marrocos.

Depois de 30 anos de silêncio O sucesso da ofensiva diplomática da Frente Polisário em Portugal


Lisboa – Mais de três decénios depois de um aparente silêncio a Frente Polisário começou a investir diplomaticamente em Portugal e vai multiplicando os apoios à causa saraui.
Apesar das diferenças políticas e históricas, todos os dirigentes e representantes da Frente Polisário insistem em apresentar o «exemplo português» no apoio à resistência maubere, que contribuiu para a ascensão de Timor-Leste à independência, como o exemplo que o Estado espanhol deveria seguir na sua ex colonia do Sara Ocidental ocupado por Marrocos.

Enquanto o «exemplo luso» era avançado repetidamente, a presença da Frente Polisário em Portugal estava praticamente invisível e manifestava-se apenas através de eventos esporádicos sem repercussões na opinião pública portuguesa. Algumas promessas de acção em Portugal, por um partido com representação parlamentar, com o objectivo de dinamizar a presença da Polisário no país não avançaram e travaram a difusão da causa saraui.

Todavia, Portugal permaneceu como um país prioritário na diplomacia saraui que pretende «canalizar uma parcela da dinâmica pela causa maubere para a causa saraui», revelara Mohamed Sidati, representante da Polisário em Bruxelas e membro da direcção.

Para a Polisário conseguir sensibilizar a população portuguesa à causa saraui significa também fragilizar o eixo Lisboa/Madrid/Paris onde assenta a força diplomática marroquina na defesa do projecto de autonomia do Sara Ocidental combatido pela Polisário. Por outro lado, como o único país lusófono na Europa, Portugal torna-se uma peça vital do puzzle da CPLP

A ausência de uma organização hispânica politicamente sólida e a fragilização política em África da Organização Internacional da Francofonia, onde está inserido Marrocos e seu incontornável aliado, a França, a CPLP, devido ao seu alargamento nas áreas de intervenção como na mediação em crises, ultrapassando a sua vocação, tornou-se na organização que poderá vir a ter um papel de peso na resolução do conflito.

No quadro africano, os gigantes da CPLP, Angola e Moçambique, já são tradicionais defensores da causa saraui. A Guiné-Bissau reconheceu recentemente a RASD como um estado de Direito, contrariamente a São Tomé e Príncipe que através do seu primeiro-ministro, Rafael Branco, optou pelo apoio às posições de Rabat. Mantendo a sua politica de neutralidade e apoio de todas as partes, Cabo Verde permanece alheio, mas atento, a este conflito. Portugal, via África, torna-se assim numa «lança na Europa».

Em Dezembro de 2007, após as medidas aprovadas no Congresso da Frente Polisário, o movimento procede a uma forte remodelação nas suas embaixadas, no quadro da Republica Árabe Saraui Democrática, RASD, e nas suas representações. Uma gigantesca ofensiva diplomática inicia quando, em paralelo, a Polisário multiplica as ameaças de pôr fim ao cessar-fogo e reiniciar as hostilidades com Marrocos. Duas estratégias que forçosamente estão ligadas.

Pouco mais de um ano depois do início da «ofensiva diplomática», longe do tórrido calor do deserto, cerca de uma centena de portugueses, que se deslocaram de norte a sul do país, participaram a 30 de Maio, no espaço da Sociedade Boa União em Alfama, Lisboa, num jantar de solidariedade com o povo saraui onde se destacava a presença de Adda Brahim, representante da Frente Polisário em Portugal, Salem Lebssir, do Secretariado Nacional do movimento e governador do acampamento de refugiados da wilaya de Dakhla, «veteranos» nas relações com a Polisário que conheceram os acampamentos nas décadas de 80 e 90, mas também Mário Nogueira, secretario geral da Fenprof, representantes da CGTP, Movimento Democrático das Mulheres (MDM), Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), vários autarcas, além da maior parte dos 43 participantes (ver foto) daquela que foi a maior delegação portuguesa de sempre que se deslocou aos acampamentos de refugiados.

A iniciativa do «jantar de solidariedade» por um «Sara livre» foi do CPPC que conjuntamente com o MDM, CGTP, Fenprof, e o apoio logístico de Adda Brahim, também organizaram a «caravana da solidariedade» que se deslocou durante uma semana, 6 a 12 de Abril, aos acampamentos em Tinduf, sudoeste argelino, para «constatarem directamente a realidade vivida pelos refugiados sarauis e pôr em curso vários projectos de cooperação» com a Frente Polisário disse Isabel Lourenço do CPPC.

Durante uma semana a delegação visitou os acampamentos de refugiados e viveu com as famílias sarauis. Em Dakhla, o acampamento saraui mais isolado, a delegação portuguesa doou ao hospital medicamentos, mas concentrou a sua intervenção na reconstrução de uma escola. A visita foi concluída na capital administrativa dos acampamentos, Rabuni, numa recepção oferecida à delegação pelo presidente da RASD e secretário-geral da Polisário, Mohamed Abdelaziz.

Segundo Mário Nogueira, Fenprof, que também participou na «Caravana da Solidariedade» será difícil desenvolver políticas de cooperação na aérea ensino com a Polisário devido às particularidades sistema saraui, todavia a Fenprof vai, através da sua rede, ajudar a difundir a causa saraui em Portugal, além de pretender contribuir com materiais escolares para as escolas dos refugiados, confirmou Mário Nogueira. Libério Martins, coordenador das relações internacionais da CGTP, à saída de uma reunião com dirigentes da UGT.SARIO, lembrou que a união dos sindicatos portuguesa desde sempre apoiou a causa da Polisário e poderá vir a facilitar a entrada da congénere saraui nos encontros e organizações internacionais de trabalhadores.

A «Caravana da Solidariedade» foi a segunda fase da nova investida diplomática da Frente Polisário, a primeira esteve concentrada na criação de estruturas associativas e desenvolvimento de parcerias partidárias. Está agora em curso a terceira fase da acção com a deslocação a Portugal, durante uma semana, de Salem Lebssir que, em declarações à PNN, considerou «muito positivos» todos os encontros que está a estabelecer com autarcas, embaixadores, instituições, e lembra que o «êxito» da intervenção portuguesa na questão de Timor é um exemplo que cita sempre em todas as conferências e encontros.

Portugal tornou-se num dos objectivos estratégicos da Polisário. Sabendo que será impossível obter o apoio do Estado luso, a diplomacia saraui, com o apoio de autarquias, sindicatos, organizações partidárias, associações e ONG’s, investe na sensibilização opinião pública portuguesa. Um método que foi aplicado com sucesso na antiga potência colonizadora, Espanha, que se tornou, depois da Argélia, no principal apoio à Polisário quando, paradoxalmente, todos os Governos de Madrid permanecem aliados a Marrocos.

Rui Neumann

Beja recebe Governador do Campo de Refugiados de Dakhla


A Câmara Municipal de Beja recebe esta tarde, pelas 16h30, uma representação da Frente Polisário em Portugal, na qual se inclui o Governador do Campo de Refugiados de Dakhla (Tindouf). “A cerimónia, a realizar no Salão Nobre dos Paços do Concelho, inclui a entrega de um cheque, por parte do Município de Beja, no valor de dois mil euros para construção de uma escola primária que irá servir 630 alunos em Dakhla” anuncia a autarquia.
Situado na região de Tindouf, no sul da Argélia, Dakhla é um dos vários campos de refugiados existentes nessa região quando, há mais de 30 anos, milhares de saharauis foram forçados a fugir em consequência da invasão marroquina do seu território.

France's 3rd largest party supports Western Sahara


"Future MEPs from Europe Ecologie will work to put an end to the natural resources plundering of Western Sahara", stated the French party in a letter to WSRW. Europe Ecologie is France's third largest political party in front of the European Elections on June 7th.

In a letter to Western Sahara Resource Watch on 2 June 2009, Europe Ecologie, part of the Greens, states their full support to the Sahrawis' right to self-determination, and to the exclusion of Western Sahara from the EU-Moroccan fisheries agreement.

"We have always defended the Sahrawi's rights, and particularly their right to self-determination. Western Sahara is in effect maybe Africa's last colony, having been passed over from Spanish to Moroccan oppression in 1975", the letter reads.

It continues:

"Regarding the question of fishing offshore the coast of Western Sahara, the Greens/EFA had suggested two amendments to the Varela report in 2006, urging an explicit exclusion of the Western Saharan waters from the fisheries agreement with Morocco. These waters do not belong to Morocco. We strongly regret that the amendments were rejected, and we consider that the fisheries agreement between Morocco and the European Union violate international law. We will, however, continue to defend the idea that all economic arrangement regarding this territory must benefit the Sahrawi people. The future members of parliament from Europe Ecologie will work to put an end to the natural resources plundering of Western Sahara",

Refugees about Norwegian vessel: -Pirates, don't steal from us!


Refugees from Western Sahara demonstrated this week against a Norwegian company which is fishing in the country’s waters. According to the Norwegian Support Committee for Western Sahara, the company is violating international law.


It is the Norwegian company Sjøvik-gruppen which raises anger among refugees from Western Sahara, because one of the company’s vessels is operating offshore the country’s coastline.

With flags and loud calls, the Sahrawis – which the people is called – showed their aversion to what they see as a plunder of the natural resources of Western Sahara.

The demonstration took place on the wharf of the capital of the Canary Islands, Las Palmas, where the refugees are living after having fled their country, which is occupied by the neighboring state Morocco.

”Pirate ship”
The slogans were directed against the Sjøvik-gruppen’s fishing vessel «Midøy Dakhla1», which is anchored in Las Palmas this week.

”All pirate vessels which fish and steal from our land, must leave”, was one of their demands.

They further labelled the Norwegian company as pirates and thieves, plundering Western Sahara of its resources.

The chairman of the Norwegian Support Committee for Western Sahara, Ronny Hansen, disagrees strongly with the Norwegian Sjøvik-gruppen’s involvement in Western Sahara. He claims that the company is ignoring the UN’s opinions.

A demand from the UN is among other things that an occupying power shall not exploit an occupied country’s resources, unless it is in the interest of the occupied people.

“Western Sahara is illegally occupied by Morocco, and Sjøvik violates international law by helping Morocco steal Western Sahara’s fish. The people of Western Sahara is strongly against it, just look at the demonstration which has now taken place”, Hansen told VG Nett.


Embassy advices against.

1. secretary at the Norwegian embassy in Morocco, Mr. Børge Romsloe, does not want comment specifically on the Sjøvik-gruppen, but confirms that companies operating in Western Sahara could be in violation of international law.

Particularly if the involvement does not take place in accordance with the interests of the local population.

“Therefore, our policy is to urge companies to not get engaged in Western Sahara, and we expect Norwegian company to take their corporate social responsibility seriously”, he told VG Nett.

Ronny Hansen said that Sjøvik-gruppen should listen more carefully to the opinion of the Norwegian government regarding their involvement.

”They are doing this in complete disregard of the recommendations of the Norwegian government, and is on collision course with a broad Norwegian popular opinion”, Hansen said, adding:

“Furthermore, Sjøvik contributes to a legitimization of an illegitimate occupation”.

Hansen also says the company stands out from most other companies operating in the country, in that they explicitly support the occupation.

“Most companies separate business from politics. Sjøvik-gruppen, on the other hand, explicitly supports the occupation. They have, among other things, compared the Sahrawi people with the Saami people in Norway”, Hansen said.

According to Hansen, the Saami and the Sahrawi peoples’ fates are far from comparable.


”Two thirds displaced”

Hansen furthermore explains about a people that has been discriminated against and oppressed through decades.

“Over the last years, the violence against Sahrawis has increased, and reports from Amnesty documents comprehensive discrimination. Actually, there are more Moroccan soldiers in Western Sahara than there are Sahrawis”, he told VG Nett.

He is particularly worried about the situation for all those who have been forced to flee Western Sahara after the Moroccan occupation started in 1975.

“Nearly two thirds of the population has been forced to flee the country due to the occupation”, Hansen said.

”And Sjøvik contributes to financing this occupation, he added.

VG Nett has been in contact with Sjøvik-gruppen, who declined to comment on the case.

Translated to English by WSRW.

Norwatch: Norwegian investor blacklists fertilizer company


The Norwegian investor KLP has today announced that they have kicked out the Australian firm Incitec Pivot from its funds. The company imports phosphate rock from Western Sahara, which is occupied by Morocco. Norwatch, 2 June 2009.


For the second time, KLP has thrown an Australian fertilizer firm out of its portfolios due to Western Sahara trade. The Western Sahara liberation movement Front Polisario congratulates KLP with its decision.

“KLP has made a right decision. It shows that their ethical and legal analysis of the phosphate industry in Western Sahara is done very thoroughly. We hope other investors will follow KLP’s example", Brahim Mokhtar, Polisario’s representative to the Nordic countries, told Norwatch.

Such trade is in violation of international law, since Morocco has no legal claims to Western Sahara, and henceforth, not to Western Sahara’s natural resources.

“Extraction of natural resources from occupied territories, particularly from Western Sahara, has been considered illegal by the UN’s under-secretary general for legal affairs in 2002”, Jeanett Bergan, head of Responsible Investments in KLP Kapitalforvaltning, wrote in a press release today.

Norwatch has previously written about Incitec Pivot’s phosphate imports from Western Sahara, which were carried out by the Oslo Stock Exchange registered shipping company Jinhui. When the Chinese-Norwegian shipping company was made aware of its transports, Jinhui decided to terminate further transports from Western Sahara. But Incitec maintained its imports through other shipping companies.

Also Incitec’s competitor Wesfarmers is from earlier blacklisted by KLP due to similar imports. Both Wesfarmers and Incitec Pivot have imported from Western Sahara during a number of years.

Even the Norwegian fertilizer giant Yara ended up being investigated by KLP in 2008, after Norwatch revealed that they too had imported from the same territory. KLP chose, however, not to exclude Yara from its funds, but placed the firm under a critical observation list. To the contrary of the Australian firms, which have long term delivery contracts for Western Sahara phosphates, Yara has assured that the imports in 2008 was a one time incident.

KLP manages over 200 billion kroners (approx. 23 billion euros) on behalf of more than 500.000 Norwegians.

Burma company out
In addition to Incitect Pivot, also the Chinese firm DongFeng has been excluded from KLP today. DongFeng was excluded by the Norwegian Government’s pension fund in March, after military deliveries to the regime in Burma.

Seven companies have now also been re-included in the KLP investment universe, after ethical improvement: Exxon Mobil, Grupo Ferrovial, Marathon Oil, Monsanto, Richemont, Thales og PetroChina.

By Erik Hagen
Norwatch

Drilling plans onshore Western Sahara


In January, Western Sahara Resource Watch wrote that Morocco had issued several new licences for exploration onshore Western Sahara.

Western Sahara is occupied by Morocco, and the issuing of such licences is taking place in disregard of international law, as summarized in a legal opinion from the United Nations in 2002.

Now, more details of Morocco’s plans have been released.
For the Boujdour onshore block, which ONHYM awarded to itself probably as early as in 2007, there are plans for exploration drilling and seismic interpretation some time during 2009.

The drilling is a so-called stratigraphic core test (puits stratigraphique), which is done to establish the nature of the geology of an area, in order to find out whether it can potentially contain oil/gas or not.

There are also plans of seismic 2D acquisition on the Island/San Leon/Longreach blocks in the El Aaiun area - or the so-called "Tarfaya block".

Morocco plans to carry out exploration drilling onshore occupied Western Sahara.

This information was given in a presentation on 6 March 2009 during a conference in Rabat arranged by the Moroccan Ministry of Energy, Mines, Water and Environment. Download the entire conference programme here.

The information was given by M'Hamed El Mostaine, Director of Exploration at ONHYM, in a speech called “L’exploration petrolière au Maroc: Des Potentialités Peu Explorées".

In addition to the already mentioned ONHYM blocks and the Island/San Leon/Longreach block in the El Aaiun area, there is currently one more onshore operation in Western Sahara, in Smara, by the same Island/San Leon/Longreach consortium. ONHYM has also announced that there are plans of issuing licences onshore the Dakhla area.

The major part of Western Sahara was occupied by Morocco in the period from 1975 to 1979.

Mauritanie: libération du Premier ministre déchu, détenu depuis 6 mois



NOUAKCHOTT - Le Premier ministre mauritanien renversé par le putsch du 6 août et emprisonné depuis six mois, Yahya Ould Ahmed Waghf, a été remis en liberté jeudi après-midi, comme l'avait exigé l'opposition dans le cadre des négociations d'un accord de sortie de crise, a constaté l'AFP. Destitué par les militaires putschistes, il est sorti vers 16H00 (locales et GMT) de la plus grande prison de Nouakchott, Dar Naïm, à la périphérie nord de la capitale, en même temps que trois co-détenus. Une foule nombreuse les attendait à l'extérieur de la prison, a constaté un journaliste de l'AFP.

La communauté internationale avait appelé mardi à la libération rapide des personnalités écrouées en Mauritanie après le putsch. Ces remises en liberté étaient attendues avant la signature solennelle, jeudi à Nouakchott, de l'accord de sortie de crise paraphé deux jours plus tôt, à Dakar, par les différentes parties mauritaniennes. M. Ould Ahmed Waghf avait été écroué le 20 novembre avec quatre autres prévenus "accusés d'avoir manigancé la faillite" d'Air Mauritanie, compagnie qu'il avait dirigée entre 2004 et 2006. "Deux hommes d'affaires ont payé solidairement jeudi le reliquat de la caution de 400 millions d'ouguiyas (1,2 million d'euros) qui était demandée par la justice pour la libération des quatre hommes", a déclaré Me Brahim Ould Ebedty, avocat de l'ex-Premier ministre et de ses codétenus
Une caution de 100 millions d'ouguiyas par personne avait d'abord été exigée par le parquet pour leur remise en liberté provisoire. Les quatre hommes avaient refusé de payer cette caution "excessive". Puis la Cour suprême mauritanienne avait décidé d'abaisser cette caution à 10 millions d'ouguiyas (31.200 euros) par personne pour trois d'entre eux et 1 million (3.120 euros) pour le quatrième détenu.
Mais cette décision de la Cour suprême avait été "ignorée par le parquet qui a continué à exiger le paiement intégral du montant initial", a fait valoir Me Brahim Ould Ebedty.
Le défenseur s'est insurgé contre cette procédure, la qualifiant de "corruption", et d'"acte contraire aux lois qui fondent la République".

Ould Daddah à RFI : Nous sommes très soulagés




Satisfecit dans le camp anti-putsch. Ahmed ould Daddah, le président du RFD a tenu ce mardi soir une conférence de presse pour saluer cet accord de Dakar. "C'est la victoire du peuple mauritanien, a-t-il déclaré. La victoire de la raison contre la violence". En effet, beaucoup de citoyens anonymes poussent un soupir de soulagement.

La perspective d'une élection, boycottée par une partie de la classe politique était loin de les enchanter et de nombreuses personnes disaient craindre des débordements au cours du week-end si elle était maintenue.

"Nous sommes très soulagés", confiait aussi des journalistes mauritaniens. Pour beaucoup d'entre eux, cet accord désamorce une certaine tension, palpable au sein de la population dans son ensemble.

Au Quartier général du candidat Abdelaziz, il régnait toutefois ce mardi soir une certaine confusion. On attendait une déclaration de l'ancien général, grand favori de ce scrutin, mais finalement, il ne s'est pas exprimé devant la presse. Du côté des militants anonymes, on se montre plutôt déçus par ce report de l'élection, même si l'on pense que Mohamed ould Abdelaziz sera élu haut la main, et ce quelle que soit la date du vote.

La situation n'en demeure pas moins inédite sur place, puisque les autorités n'ont pas officiellement proclamé la suspension de la campagne électorale. Autrement dit, les meetings des uns et des autres se poursuivent dans l'attente de la signature du document officiel, "jeudi au plus tard", d'après Ahmed ould Daddah (pour écouter, cliquer ici)
http://www.rfi.fr/actufr/articles/114/article_81585.asp



Avec notre correspondante à Nouakchott, Manon Rivière

La présidentielle mauritanienne reportée au 18 juillet prochain



La junte militaire amorce son retour vers la légalité constitutionnelle

L'élection présidentielle prévue samedi en Mauritanie, mais boycottée par l'opposition, a été reportée mardi in extremis au 18 juillet pour permettre la participation de toutes les forces politiques et mettre un terme à la crise née du coup d'Etat militaire du 6 août.

Au terme de six jours d'intenses tractations, les délégations mauritaniennes, sous l'égide d'une médiation internationale, ont signé à Dakar un document prévoyant la mise en place, le 6 juin au plus tard, d'un gouvernement d'union composé à parité de membres pro et anti-putsch.

Les postes-clés de l'Intérieur, des Finances et de la Communication sont réservés aux partis anti-putsch.

Le Premier ministre sera choisi par l'ex-chef de la junte, le général Mohamed Ould Abdel Aziz, après consultations avec les forces anti-putsch. Les chefs de délégations ont paraphé cet accord, en présence du président sénégalais, Abdoulaye Wade, puis se sont donné la main sous les applaudissements de l'assistance. Le texte devait être signé par les protagonistes de la crise mauritanienne, hier, mercredi, à Nouakchott.

La communauté internationale, réunie au sein d'un groupe de contact, avait proposé lundi après-midi aux délégations mauritaniennes un report de la présidentielle et la constitution d'un gouvernement d'union. Mardi soir, depuis Nouakchott, le chef du Rassemblement des forces démocratiques (RFD, opposition), Ahmed Ould Daddah, a estimé que la conclusion de l'accord pour une sortie de crise signé à Dakar constituait une « victoire de la raison contre la violence ». Il a appelé au « respect de ses clauses », estimant qu'une « nouvelle ère s'ouvre pour la démocratie et le développement de la Mauritanie » et que « les coups d'Etat et le non-droit n'ont plus leur place dans ce pays ».

Pour le représentant de la commission de l'Union européenne, Gilles Hervio, cet accord « va ouvrir la voie à la coopération, trop longtemps suspendue ». L'UE avait officiellement suspendu en avril, pour deux ans, sa coopération avec la Mauritanie, en raison du coup d'Etat d'août, et assuré que sa reprise était conditionnée au « retour à l'ordre constitutionnel ».

L'ambassadeur de France à Dakar, Jean-Christophe Rufin, a salué un « procédé original, créatif et audacieux » ayant permis la conclusion d'un accord, qui fait figure d'« exemple ». Il a souligné que les négociations avaient été « personnellement suivies » par le président Nicolas Sarkozy. Mais « l'essentiel commence, la mise en œuvre est capitale », a-t-il souligné.

Avec cet accord, a insisté le président sénégalais Abdoulaye Wade, qui s'est investi dans les négociations, « la Mauritanie se réconcilie avec elle-même ». Cet accord vise à mettre un terme à la crise née du coup d'Etat militaire du 6 août ayant renversé le premier président démocratiquement élu (en mars 2007) du pays, Sidi Ould Cheikh Abdallahi. L'accord de Dakar prévoit « l'annonce et la formalisation de sa décision volontaire concernant le mandat de président », c'est-à-dire son retrait, en faveur du président du Sénat qui assure l'intérim. Jusqu'à présent, M. Ould Abdallahi se considérait comme le seul président légitime. Le chef de la junte, le général Mohamed Ould Abdel Aziz, avait démissionné de ses fonctions pour se présenter au scrutin présidentiel. Il était donné comme le grand favori, en l'absence de l'opposition qui dénonçait une « mascarade électorale ». Jusqu'à lundi, il avait mené campagne dans tout le pays en vue du scrutin du 6 juin.

Par A.F.P.

La Mauritanie dans l'attente de la signature d'un accord de sortie de crise : Vers le report de l'élection présidentielle et le partage du pouvoir




Quasiment 10 mois après le coup d'Etat en Mauritanie, un accord de sortie de crise doit être signé mercredi par l'ex-chef de la junte et ses adversaires, pour l'organisation d'une présidentielle en juillet à laquelle toutes les forces politiques participeront.

Le général Mohamed Ould Abdel Aziz, meneur du putsch du 6 août, a finalement annoncé mercredi à la mi-journée qu'il suspendait sa campagne, trois jours seulement avant la présidentielle boycottée par l'opposition, dont il était donné grand favori.
«Le candidat Mohamed Ould Abdel Aziz a tenu son dernier meeting à Akjoujt (à 250 km de la capitale) et a confirmé qu'à partir d'aujourd'hui (mercredi), il y aurait suspension de cette campagne, dans le cadre d'un compromis trouvé avec les autres partis» mardi à Dakar, a annoncé à l'AFP son porte-parole, Ba Adema Moussa, convenant qu'il y avait «donc report de l'élection».
Ce proche du général a toutefois choisi des termes très prudents pour évoquer la suite des événements : M. Ould Abdel Aziz «sera rentré au plus tard à 16H00 (locale et GMT) à Nouakchott où il doit probablement signer l'accord», a-t-il dit.
De source diplomatique, on annonçait l'arrivée en fin d'après-midi à Nouakchott du président sénégalais Abdoulaye Wade, médiateur dans la crise.
«Les parties ont paraphé un accord à Dakar. Le Groupe (international) de contact sur la Mauritanie se déplace à Nouakchott pour participer à la cérémonie de signature», a également annoncé à l'AFP le représentant du secrétaire général de l'ONU en Afrique de l'Ouest, Saïd Djinnit.
«Il n'y a aucune raison de penser que les parties n'honoreront pas leurs obligations. Il n'y a aucune raison de douter», a renchéri M. Djinnit.
L'ambassadeur de France au Sénégal, Jean-Christophe Rufin, se déplaçant également à Nouakchott, a été tout aussi affirmatif: «Nous avons tous pleine confiance dans le fait que les conditions seront réunies cet après-midi pour la signature de l'accord paraphé hier (mardi) soir à Dakar».
Une certaine confusion avait régné dans la matinée, du fait du départ vers Akjoujt du général Aziz, qui affirmait alors être toujours en campagne électorale.
Dans la nuit, des centaines de Mauritaniens opposés au coup d'Etat avaient manifesté leur joie, aux abords de l'aéroport. Ils avaient réservé un accueil triomphal aux négociateurs du texte qu'ils percevaient comme «la mise en échec du coup d'Etat» ayant renversé le président élu Sidi Ould Cheikh Abdallahi.
Ould Cheikh Abdallahi, qui se considérait toujours jusqu'à présent comme l'unique président légitime, doit prendre la «décision volontaire» de son retrait, selon l'accord, de façon à ce que le président du Sénat assure l'intérim.
Si l'accord est mis en oeuvre, un gouvernement d'union composé à parité de membres favorables et opposés au putsch sera mis en place.
Les postes-clés de l'Intérieur, des Finances et de la Communication seront réservés aux partis anti-putsch et le Premier ministre sera choisi par l'ex-chef de la junte, après consultations avec ses adversaires politiques.

Mauritanie: Triomphe des anti-putsch!




Le scrutin présidentiel prévu samedi, que l'opposition boycottait, est reporté au 18 juillet pour permettre la participation de toutes les forces politiques. A peine arrivés de Dakar, les négociateurs du Front national de défense de la démocratie (FNDD), coalition de partis opposés au putsch, sont soulevés de terre par les militants qui crient le nom de «Sidi» en référence au président renversé Sidi Ould Cheikh Abdallahi.

Mauritanie : Vers un report de la présidentielle




D'intenses négociations se poursuivaient hier à Dakar pour aboutir à un report de l'élection présidentielle prévue samedi en Mauritanie et boycottée par l'opposition, afin de sortir le pays de la crise née du coup d'Etat militaire du 6 août.

Les forces favorables et opposées au putsch discutaient dans un grand hôtel de la capitale sénégalaise des propositions présentées lundi en fin d'après-midi par les médiateurs internationaux (ONU, Union africaine, Ligue arabe, Sénégal...) pour une participation de tous les partis au scrutin. Outre un report de la présidentielle, avec un premier tour le 18 juillet suivi d'un éventuel deuxième tour le 1er août, la communauté internationale a proposé la mise en place d'un gouvernement d'union, composé à parité de pros et antiputschs. « On a eu notre réunion presque finale. La progression de notre dossier est satisfaisante pour nous », a indiqué à la presse hier le ministre sénégalais des Affaires étrangères, à l'issue d'une réunion entre le groupe de contact et les délégations mauritaniennes. Selon plusieurs sources proches des négociations, la composition du gouvernement et l'attribution des postes-clés au sein du cabinet constituent les principaux points d'achoppement. « L'opposition voulait des ministères comme l'Intérieur, les Finances et la Communication pour sécuriser les élections. Apparemment, elle les a obtenus », a révélé une source proche des négociations. Interrogé sur un éventuel échec des discussions, le représentant de l'Union africaine (UA), le commissaire Ramdane Lamamra, a répondu : « Ce n'est pas une option qu'il faut considérer », avant de mettre l'accent sur la « dynamique diplomatique ». « Nous sommes dans une dynamique positive. Tout le monde a à y gagner, un report est toujours possible », a renchéri un autre médiateur.

Mauritanie : Moussa appelle Ould Abdelaziz à adhérer aux éléments de l'accord-cadre




Le secrétaire général de la Ligue arabe, M. Amr Moussa, a appelé le général, Mohamed Ould Abdelaziz, candidat à la présidentielle en Mauritanie, à adhérer aux éléments de l'accord-cadre entre les pôles politiques mauritaniens pour sortir le pays de la crise politique. M. Amr Moussa a appelé hier Mohamed Ould Abdelaziz lors d'un entretien téléphonique à répondre favorablement à l'appel de la communauté internationale d'adhérer aux éléments de l'accord cadre, entre les trois grands pôles politiques à la réunion de réconciliation de Dakar, pour sortir la Mauritanie de la crise politique, a indiqué hier un communiqué de la Ligue arabe. M. Ahmed Ben Helli qui participe à la réunion internationale a affirmé que cette rencontre était une opportunité pour les protagonistes mauritaniens de transcender les différends et permettre au peuple mauritanien d'exercer ses droits politiques et démocratiques en toute transparence.

Le scrutin présidentiel aura lieu le 18 juillet



Après cinq jours de négociations à Dakar, les protagonistes mauritaniens (pouvoir et opposition) ont accepté l'«offre finale» que leur a proposée le Groupe de contact au nom de la communauté internationale», selon le président du Conseil de paix et de sécurité (CPS) de l'Union africaine, le commissaire Ramtane Lamamra.
Ils se sont entendus sur un report du scrutin présidentiel. Le premier tour aura lieu le 18 juillet avec un éventuel second tour le 1er août, la formation d'un gouvernement d'union nationale de 26 membres. Comme concession au général Abdel Aziz, l'ex-chef de la junte qui a démissionné pour pouvoir se présenter, il lui est donné la possibilité de désigner le Premier ministre et la moitié des membres de ce gouvernement de transition qui aura la charge de mener le pays aux élections. La délégation du Rassemblement des forces démocratiques (RFD) avait laissé entendre sa gêne par rapport à cette formule «50-50». Selon lui les forces anti-putsch doivent avoir les 2/3 des postes ministériels.
Les négociateurs du Front national pour la défense de la démocratie (FNDD) d'Ould Daddah ont émis des réserves au plan de sortie de la crise proposé par le Groupe de contact international sur la Mauritanie (GCI) qui compte l'Union africaine, les Nations unies, l'Union européenne, les membres permanents et non permanents du Conseil de sécurité, la Ligue arabe, l'Organisation de la conférence islamique et l'Organisation internationale de la francophonie. Le secrétaire général de la Ligue arabe, M. Amr Moussa a téléphoné hier au général Mohamed Ould Abdelaziz qui refusait tout report des élections. Il l'a appelé à adhérer aux éléments de l'accord-cadre entre les pôles politiques mauritaniens pour sortir le pays de la crise politique née du coup d'Etat militaire du 6 août 2008.
Selon son envoyé à Dakar, Ahmed Ben Halli, la réunion de Dakar a été une opportunité pour transcender les différends et permettre au peuple mauritanien d'exercer ses droits politiques et démocratiques en toute transparence.

Samira B.

La présidentielle de samedi en mauritanie reportée in extremis au 18 juillet



Le général Ould-Abdelaziz cède à la pression internationale


À trois jours seulement du déroulement de l'élection présidentielle, le général Mohamed Ould-Abdelaziz a fait machine arrière pour accepter le report du scrutin au 18 juillet prochain. Ses représentants ont signé mardi à Dakar un accord permettant la participation de toutes les forces politiques et mettre un terme à la crise née du coup d'État militaire du 6 août 2008. Il fallut six jours d'intenses tractations entre les délégations mauritaniennes, sous l'égide d'une médiation internationale, pour que soit signé dans la capitale sénégalaise un document prévoyant la mise en place le 6 juin au plus tard d'un gouvernement d'union composé à parité de membres pro et anti-putsch. La cérémonie s'est déroulée en présence du président sénégalais Abdoulaye Wade, puis se sont donné la main, sous les applaudissements de l'assistance. Le texte devait être paraphé hier par les protagonistes de la crise mauritanienne à Nouakchott. Il faut dire que les concessions des putschistes sont de taille, car les postes clés des ministères de l'Intérieur, des Finances et de la Communication sont réservés aux partis anti-putsch. Quant au Premier ministre, il sera choisi par l'ex-chef de la junte, le général Mohamed Ould Abdel Aziz, après consultations avec les forces anti-putsch. Réunis au sein d'un groupe de contact, les médiateurs de la communauté internationale avait proposé lundi après-midi aux délégations mauritaniennes un report de la présidentielle et la constitution d'un gouvernement d'union, ce qui fut accepté par les parties en conflit. Réagissant à cet événement, le chef du Rassemblement des forces démocratiques (RFD, opposition) Ahmed Ould Daddah a estimé que la conclusion de l'accord pour une sortie de crise signé à Dakar constituait une "victoire de la raison contre la violence". Dans le même ordre d'idées, il a appelé au "respect de ses clauses", affirmant qu'une "nouvelle ère s'ouvre pour la démocratie et le développement de la Mauritanie" et que les "coups d'État et le non-droit n'ont plus leur place dans ce pays". Le représentant de la commission de l'Union européenne dans cette médiation, Gilles Hervio, pense que cet accord "va ouvrir la voie à la coopération trop longtemps suspendue". Pour rappel, l'UE avait officiellement suspendu en avril pour deux ans sa coopération avec la Mauritanie en raison du coup d'État d'août et assuré que sa reprise était conditionnée au "retour à l'ordre constitutionnel". Ceci étant, des centaines de Mauritaniens opposés au putsch du 6 août ont accueilli hier avec triomphe l'accord de Dakar sur le report de la présidentielle, perçu par ces militants comme "la mise en échec du coup d'État". Dès leur sortie du salon d'honneur de l'aéroport, des représentants du Front anti-putsch ont été portés en triomphe par leurs partisans, venus fêter l'accord obtenu au terme de six jours de négociations à Dakar.

Par : Merzak T./Agences

La présidentielle mauritanienne reportée au 18 juillet prochain



La junte militaire amorce son retour vers la légalité constitutionnelle



Prévue pour le 6 du mois en cours, l'élection présidentielle mauritanienne a finalement été reportée au 18 juillet prochain, après six jours de négociations marathoniennes dans la capitale sénégalaise Dakar, sous l'égide d'une médiation internationale. «La date de l'élection présidentielle est fixée au 18 juillet pour le premier tour et le cas échéant au 1er août pour le deuxième tour», a déclaré le ministre sénégalais des Affaires étrangères, Cheikh Tidiane Gadio, lisant un communiqué final, rapporte l'AFP.
Les rédacteurs dudit communiqué affirment que ce report a pour but de «permettre la participation de toutes les forces politiques» à ce scrutin, qualifié par l'opposition de «mascarade électorale». La crise politique que vit actuellement la Mauritanie est née du coup d'Etat du 6 août dernier contre le premier président mauritanien démocratiquement élu, Sidi Ould Cheikh Abdallahi en mars 2007. Le putsch a été mené par le chef de la junte militaire, le général Mohamed Ould Abdel Aziz qui a démissionné de ses fonctions le 16 avril pour se porter candidat à la présidentielle. Tard dans la soirée de mardi, les différentes délégations mauritaniennes ont signé un accord qui permettra la mise en place, avant samedi 6 juin, d'un gouvernement d'union composé à parité de membres pro et anti-putsch.
Les postes-clés de l'Intérieur, des Finances et de la Communication sont réservés aux partis anti-putsch, indique le communiqué, qui précise toutefois que le Premier ministre sera choisi par le meneur du coup d'Etat, Mohamed Ould Abdel Aziz. Concernant ce dernier point, les partis anti-putsch seront consultés.
La signature de l'accord a eu lieu hier à Nouakchott entre les différentes parties en conflit.
M. Ahmed Ould Daddah, le chef du Rassemblement des forces démocratiques (RFD, opposition), a estimé mardi soir, à partir Nouakchott, que la conclusion de cet accord constituait une «victoire de la raison contre la violence», rapporte encore l'AFP. Ould Daddah a appelé au «respect de ses clauses», estimant qu'une
«nouvelle ère s'ouvre pour la démocratie et le développement de la Mauritanie et que les coups d'Etat et le non-droit n'ont plus leur place dans ce pays». Quelques minutes après l'annonce de la nouvelle, des milliers de personnes, partisans des anti-putsch, ont défilé dans les rues mauritaniennes pour saluer cette décision. L'accord de Dakar prévoit également «l'annonce et la formalisation de sa décision volontaire [du général M. Ould Abdel Aziz, ndlr], concernant le mandat du président». Autrement dit, le général Mohamed Ould Abdel Aziz doit se retirer complètement de son poste de président autoproclamé de la Mauritanie en faveur du président du Sénat qui assurera l'intérim jusqu'à la date de la tenue de l'élection présidentielle le 18 juillet prochain.
Le coup d'Etat du 6 août dernier a été sévèrement condamné par de nombreux Etats africains qui avaient demandé un «retour à l'ordre constitutionnel». L'Union européenne a aussi décidé de suspendre ses aides et de geler son accord de coopération avec la Mauritanie suite à ce putsch.

Par Lyès Menacer

Retour imminent de Maaouiya Ould Sid'Ahmed Taya




La meilleure chose que la Communauté Internationale, notamment le Groupe International de Contact ont pu réaliser au terme de leur longue médiation en Mauritanie, c'est incontestablement d'avoir parvenu, même péniblement, à réconcilier les antagonistes de la crise politique nationale. Mais cet exploit de la diplomatie internationale, comprend en son sein un autre actif politique non négligeable, qui se traduit par cette grande opportunité offerte à Maaouiya Ould Sid'Ahmed Ould Taya, de postuler, au même titre que tous les autres citoyens, à briguer le suffrage de ses compatriotes.
Aussitôt après l'annonce de l'accord de Dakar, des sympathisants du chef d'Etat exilé, ont demandé son retour et son entrée dans la future compétition électorale.

Après de mûres réflexions, indique-t-on, Ould Taya, aurait décidé d'examiner cette doléance et de se préparer à rentrer au pays.
Par ailleurs, il y a bien d'autres raisons qui motivent cette candidature, dont les échecs patents et successifs des coups d'Etat du 3 août 2005 du Comité Militaire pour la Justice et la Démocratie et celui de 6 août 2008 du Mouvement rectification. En effet, ceux qui avaient soutenu ces deux putschs, pour la plupart d'anciens inconditionnels de Maaouiya, manifestent aujourd'hui, tous leurs regrets, d'avoir soutenu le changement du 3 août, qui aux dires de ceux qui appuient la rectification du 6 août est catastrophique, alors que ce dernier, est vidé aujourd'hui complément vidé de tout son sens, par la Communauté internationale, au terme de l'accord de Dakar. Selon certains observateurs bien avertis, le Groupe International de Contact n'a œuvré qu'à offrir sur un plateau d'or, le pouvoir à l'équipe destituée au 6 août dernier, en l'occurrence les forces politiques rassemblées au sein de la nébuleuse Fndd.
Plus grave encore, c'est le fait que l'accord de Dakar a négativement influé sur la cohésion des troupes de Ould Abdel Aziz, avec le désistement de certains soutiens et la contestation largement exprimé sur les antennes des médias, de son recul sur l'organisation des présidentielles de juin prochain, notamment le candidat Kane Hamidou Baba.
Certains partisans font une autre une interprétation de l'actualité politique, rappelant que l'essentiel des problèmes auxquels est exposé le pays, remontent à l'ère Taya, comme par exemple, les événements de 1989. A leur avis, ces problèmes toujours insolubles, traînés par les régimes militaires depuis la destitution de Ould Taya jusqu'à nos jours, doivent être réglés par leur auteur avant tout, lequel devra demander pardon et relancer de nouveau, le processus de réconciliation avec le Sénégal, déclenché sous son régime. Si cette optique se dessine, Ould Taya sera certainement soutenue par l'Organisation Internationale pour la Francophonie, dirigée par son ami Abdou Diouf.
Enfin, soulignons dans ce cadre, que de manière concomitante entre l'arrivée ce soir à Nouakchott de Me Abdoulaye Wade pour superviser la signature définitive de l'accord cadre et la libération de l'ancien chef du Gouvernement, Yahya Ould Ahmed El Waghf et codétenus de la défunte Air Mauritanie, des groupes politiques individuellement solidaires d'Ely Ould Mohamed Vall et de Maaouiya Ould Sid'Ahmed Taya, se sont mobilisés pour les appeler à profiter de cet apaisement politique pour se présenter aux futures consultations présidentielles.

Par Mr. Ahmed Ould Bettar

Texte intégral de l'accord de Dakar



Avant de lire le texte intégral de cet accord, il convient de noter les trois points sur lesquels le texte reste vague : les détenus, l'avenir de Ould Cheikh Abdellahi et du Basep (Bataillon pour la sécurité présidentielle. L'accord fait allusion aux deux premiers points : les détenus doivent être libérés dans le cadre de la décrispation du climat politique et Ould Cheikh Abdellahi doit démissionner, de son plein gré, après avoir signé le décret de nomination du premier ministre.

Concernant le troisième point, une source proche de la négociation confirme, à Taqadoumy, que parmi les points non publiés de l'accord, le démantèlement du Basep figure en bonne place. Ce démantèlement était l'une des priorités des négociateurs de l'opposition en partance pour Dakar.

http://www.taqadoumy.com/fr/images/stories/Docs/accord_de_dakar.pdf

Qui sème la haine récolte la rage


Dans toutes les situations de crise, de troubles ou de guerre, la désinformation et la propagande ont toujours été utilisées pour mobiliser les foules et tromper l'ennemi. Mais aujourd'hui, les médias sont devenus beaucoup plus sophistiqués qu'autrefois, et le « bourrage de crâne » a fait place à de véritables tueurs armés de journaux, revues, agences de presse, sites web, télévision, radio, etc.

Depuis la guerre des sables, en 1962, Hassan II a développé une campagne haineuse dans les médias chérifiens pour monter le peuple marocain contre son frère algérien.

Les premiers prisonniers de guerre marocains, capturés par l'Armée de Libération Populaire Sahraouie dans la bataille d'Amgala, en février 1976, à la question de "qu'est-ce que vous êtes venus faire au Sahara?", ils répondaient : "On nous a dit qu'il n'y avait que des algériens devant nous. Qu'il n'y avait pas de sahraouis contre le Maroc". Voilà l'idée que Hassan II avait trouvé pour pousser le peuple marocain à accepter de faire la guerre au peuple sahraoui. Le roi du Maroc n'a pas eu le courage de dire aux marocains qu'ils vont devoir affronter des sahraouis qui veulent l'indépendace du Sahara Occidental et qui refusent de porter la nationalité marocaine.

Ce type de campagne peut générer des conséquences néfastes sur les peuples de la région. Les médias marocains contribuent amplement à la prolifération de la haine entre les deux peuples pour justifier la faiblesse de l'Etat marocain et son manque de courage pour mettre fin au conflit du Sahara Occidental. Un conflit dont le peuple marocain souffre les conséquences depuis plus de 34 ans.

En feuilletant la presse marocaine, l'officielle en particulier comme Le Matin, les insultes, tout genre de qualificatifs et propos outrageants lancés à la figure des sahraouis qui s'opposent à l'occupation marocaine, l'on se rend compte de la haine alimentée envers ce peuple aussi et du volume de la désinformation pour maintenir le peuple marocain dans l'ignorance totale de tout ce qui se passe dans l'ancienne colonie espagnole.

Au Maroc, les moyens de presse sont utilisés pour créer, maintenir et alimenter la haine contre les sahraouis en les califiant de tous les mots : "frères de leurs chameaux, Aareibate (arabe en péjoratif), mercenaires, séquestrés, trafiquants, malfaiteurs, terroristes, stipendiés… Voilà tout ce que mérite ce valeureux peuple aux yeux des journalistes marocains.

Le presse marocaine doit refuser de cautionner cette hystérie orchestrée par les autorités marocaines depuis plus de 34 ans pour camoufler leur incapacité à répondre aux attentes du peuple marocain et instaurer la paix et la prospérité dans la région.

Cette culture de la haine est irriguée tous les jours par le palais et son élite opportuniste est derrière toutes les croisades entreprises par le Maroc, que ce soit contre la Mauritanie, l'Algérie, le Sahara Occidental, et elle a fait beaucoup de victimes innocentes parmi le peuple marocain.

C'est contre cette haine que le peuple marocain doit se battre, et par conséquent, combattre sa source : Le palais royal et les coulisses du Ministère de l'Intérieur à Rabat. L'amour que les citoyens marocains avouent à leur pays n'est peut être que respectable, mais il ne doit pas impliquer la haine des autres. Leur patriotisme ne doit pas s'exprimer par les velléités envers les autres peuples de la région.

Un exemple de la haine vouée par le peuple marocain envers son frère, le peuple sahraoui? L'association française APSO Lument a publié le 02 juin un communiqué, dont voici le texte intégral :

"Communiqué de Presse : Agression contre le sportif de haut niveau Sahraoui, Salah Eddine Ameidan.Samedi 29 Mai, vers 19h lors du meeting international de Pézenas, ville du département de l'Hérault, dans le sud de la France, Salah Eddine Ameidane, sportif de haut niveau Sahraoui, a été agressé par deux hommes d'origine marocaine. L'agression très rapide et accompagnée de propos racistes a eu lieu devant de nombreux témoins et avant la course de 1500 m, à laquelle Salah allait participer. Les agresseurs ont pris la fuite avant l'arrivée de la Police. Salah souffre de plusieurs blessures au dos. Il n'a pu participer à la compétition. Une plainte a été déposée à la gendarmerie de Pézenas le jour même, et au commissariat d'Avignon ce jour, accompagné du certificat médical attestant l'incapacité temporaire de Salah à la pratique de toute activité physique pendant 15 jours. Les agresseurs ont été identifiés comme d'origine marocaine et vivant dans la ville de Béziers, ville de l'Hérault."

La propagande, la désinformation et le mensonge des autorités marocaines concernant tout ce qui est lié au conflit du Sahara Occidental sont responsables de ce genre d'agressions. Ce lavage des cerveaux dans le but de monter le peuple marocain contre les peuples algérien et sahraoui est une pratique connue des plus grandes dictaures de l'histoire.

Les relations entre Alger et Madrid, sur fond de conflits gaziers


Les négociations engagées entre l'Algérie, et l'Espagne, n'ont pas pu régler, mutuellement, ce conflit gazier, malgré que l'Espagne soit considérée comme l'un des plus importants clients du gaz Algérien, qui constitue 60% des besoins de l'Espagne.
Dans ce contexte, la partie algérienne a mal négocié les avantages offerts par l'économie et le marché Algériens, et quoique l'Algérie soit le premier fournisseur du gaz pour l'Espagne, les intérêts bilatérales des deux pays, n'ont jamais atteint le niveau de la coopération établie entre le Maroc, et l'Espagne, notamment, en matière des investissements étrangers directs, et le nombre des entreprises actives.

En effet, le Maroc est la première destination des investissements des patrons espagnols, avec un montant estimé à 15 milliards de dollars. La majorité des investissements sont axés dans les secteurs des services, le tourisme, les banques, et les télécommunications. L'Espagne a adopté, il y a cinq ans, un plan spécial pour le Maroc, visant à encourager les entreprises qui optent pour le Maroc, ainsi que la création d'un fond spécial, destiné pour la réalisation des grands projets.

En parallèle, les investissements espagnols hors hydrocarbures, en Algérie, restent timides. Dans ce contexte, l'un des plus grands projets, en l'occurrence « le pont logistique » reliant Oran à Alicante, au sud de l'Espagne, n'est pas encore réalisé, il a été même abandonné ; ce projet stratégique a été conçu dans la perspective d'encourager les PME espagnoles à ouvrir des branches en Algérie, tout en apportant la technologie nécessaire, mais malheureusement, ce projet n'a pas vu le jour.

Sur le plan énergétique, les relations entre Madrid, et Alger, depuis 2005, ont subi des hauts et des bas. Les entreprises espagnoles ont décroché des contrats très importants, dans la prospection et la production du gaz, à l'exemple de CEPSA, et Gas Natural, ainsi que d'autres projets du dessalement d'eau de mer, et des stations de production de l'électricité. Par la suite, l'Algérie avait rouvert le dossier relatif à la révision des clauses des contrats gaziers conclus en 1995, un conflit né après l'augmentation du prix du gaz et du pétrole. Et Après deux années de négociations infructueuses, l'arbitrage international s'est imposé.
De sa part, la partie espagnole a émis des réserves sur l'application des clauses concernant les fluctuations du marché gazier mondial. L'Espagne s'est opposée, aussi, dans le cadre du projet du gazoduc, MEDGAZ, contre la commercialisation d'une quantité évaluée à 3 milliards mètres cubes de gaz, ce qui a obligé les deus parties à recourir à l'arbitrage international.

Un autre conflit a apparu suite à la résiliation du contrat conclu entre les deux géants espagnols, REPSOL, et Gas Natural, relatif au projet de Hassi Touil, suite à l'intention exprimée par ces dernières de renégocier le contrat.

ACTU urges Australian Government to support self-determination in Western Sahara


The Australian Council of Trade Unions (ACTU) passed Today a motion in support of the Saharawi cause during its Congress held in Brisbane on 2-4 June 2009, calling on the Australian government to support a just solution to the conflict.

The ACTU is a national organisation representing a large number of the unions in each state and territory of Australia. It was founded in May 1927. Today, 46 unions are members of the ACTU, representing 1.8 million of Australian workers.

ACTU Congress is held every three years. More than 500 delegates from around Australia attended the ACTU Congress, which is the first congress held under a Labor government in 14 years.

The ACTU retains a close relationship with the Australian Labor Party (ALP) which is currently in government.

Here is the complete text of the motion:
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“Western Sahara

The ACTU Congress notes that:

(i) Morocco has occupied Western Sahara since 1975;
(ii) The United Nation’s efforts to accomplish the decolonisation process in Western Sahara has not yet been successful;
(iii) Over 165,000 Saharawis have been living in refugee camps in the South West of Algeria for the past 33 years, waiting to return to their homeland;

The ACTU Congress urges the Australian Government to support the right of the Saharawi people to self-determination, in accordance with UN resolutions and relevant UN decolonisation process and the extension of the UN mandate in Western Sahara to monitor human rights.”

To read more about ACTU congress follow the link:

http://www.actu.asn.au/Events/Congress2009.aspx

Refugees demonstrate against the Moroccan plundering of Western Sahara fisheries


Sahrawi refugees on the Canary Islands demonstrated on 27 May against a Norwegian fishing vessel, which was docked in Las Palmas harbour.

The fishing vessel ‘Midøy Dakhla’, sailing under Moroccan flag, has since approximately 2006 been fishing in occupied Western Sahara.

Unethical fishing in the occupied territories of Western Sahara is carried out by the Norwegian ship through a joint-venture with a Moroccan fisheries company in Dakhla.

The Norwegian company behind the vessel, Sjøvik-gruppen, claims openly that Western Sahara is part of Morocco, and works in disregard of the advice from the Norwegian government, which urges Norwegian companies to not invest in Western Sahara.

Le nouvel ambassadeur sahraoui présente ses lettres de créances au président namibien, Hifikepunye Pehambia


Windhoek, Le nouvel ambassadeur sahraoui, Louchaa Mohamed Lamine Soueilem a présenté ses lettres de créances au président, Hifikepunye Pehambia, en sa qualité de d’ambassadeur extraordinaire et plénipotentiaire de la RASD auprès de la République de la Namibie.

Le diplomate sahraoui a exprime au nom du président de la République, Mohamed Abdelaziz, du Gouvernement et du peuple sahraouis, les remerciements pour le soutien de la juste cause du peuple sahraoui pour son indépendance et sa liberté.

Pour sa part le président namibien, Hifikepunye Pehambia a réaffirmé la position constante du Gouvernement et du peuple de la Namibie de soutien au droit à l’autodétermination du peuple sahraoui pour le recouvrement de son indépendance.

Ont pris part à cette cérémonie le ministre des affaires étrangères et le directeur du protocole auprès de la Présidence de la République de la Namibie.

Le nouvel ambassadeur sahraoui présente ses lettres de créances au président, Martin Torrijos


Panama, Le nouvel ambassadeur sahraoui au Panama, Ali Mahmoud a presenté jeudi ses lettres de créances au président, Martin Torrijos, en sa qualité d’ambassadeur extraordinaire et plénipotentiaire de la RASD auprès de la République du Panama, selon un communiqué de l’ambassade sahraouie à Panama.

La cérémonie s’est déroulée au Palais de la Présidence de la République du Panama, en présence de MM. Samuel Lewis Navarro et Fabio Mendez, respectivement : ministre des affaires étrangères et directeur du protocole de la Présidence.

L’ambassadeur sahraoui a réitéré la volonté du Gouvernement de la RASD à consolider les relations bilatérales avec le Panama, soulignant les liens historiques existants entre les deux pays et la position ferme du Panama de soutien à la juste cause du peuple sahraoui, a ajouté la même source.

Cet engagement et cette fidélité au principe d’autodétermination et à la souveraineté, a-t-il dit, ont conduit la République du Panama à être l’un des premiers pays à reconnaitre la RASD, le 23 juin 1978, a rappelé le diplomate sahraoui.

Il a d’autre part, réitéré la disponibilité du Gouvernement sahraoui à coopérer avec les efforts de la communauté internationale pour la recherche d’une solution devant permettre au peuple sahraoui d’exercer son droit inalmiénable à l’autodétermination et à l’indépendance par la voie d’un réféendum juste, transparent et démocratique sous les auspices de l’ONU.

Pour sa part, le président du Panama, Martin Torrijos a exprimé la position constante de son pays, de soutien au droit inaluénable du peuple sahraoui et aux efforts de la communauté internationales.

Il est à rappeler que la cérémonie a été ouverte par l’hymne national de la République du Panama et cloturée par l’hymne national sahraoui.

Fin de la visite du président de la République au Salvador


San Salvador, Le président de la République, Mohamed Abdelaziz a achevé une visite officielle de trois jours à la République du Salvador, la première du genre depuis la reconnaissance de ce pays d'Amérique centrale de la RASD en 1989, a-t-on appris de la délégation présidentielle.

"Nous sommes venus à la République du Salvador en réponse à l’invitation officielle pour la participation à l’investiture du nouveau président, Mauricio Funes et exprimer au peuple salvadorien nos estimes et nos félicitations à cette occasion particulière", a indiqué M. Abdelaziz dans une déclaration à la presse.

Il a en outre réaffirmé les excellentes relations qui unissent la RASD et la République du Salvador, précisant que "nous oeuvrons pour le développemt de ses relations à l’avenir au service de nos deux peuples frères", a ajouté la même source.

Au cours de cette visite, le président de la République a eu des entretiens avec les chefs d’Etat et les délégations étrangères, notamment d’Amérique latine et du Caraibe. Les entretiens ont porté sur le développement des relations bilatrales entre ces pays et la République sahraouie.

M. Abdelaziz et la délégation qui l ‘accompagne a assisté à un metting populaire qui a regroupé plus de 40.000 participants, organisé par le Front du Farabando Marti, à l’occasion de la victoire remportée par son candidat, Mauricio Funes dans les dernières élections présidentielles au Salvador.

Il a également visité la tombe de l’un des fondateurs du Farabando Marti, Shafik Handel, l’un des dirigeants de ce front et une figure emblématique de la lutte et la résistance au Salvador, connu par ses positions de soutien au mouvements de libération dans le monde, y inclus la lutte du peuple sahraoui sous la direction du Front Polisario.

Le président de la République est arrivé dimanche dernier pour prendre part à la cérémonie d’investiture du nouveau président du Salvador, Mauricio Funes, aux côtés d’une vingtaine des Chef d’Etat et des délégation représentants plus de 100 pays, rappelle-t-on.

Le Nigéria réitère son soutien au référendum d’autodétermination au Sahara occidental


Abuja, Le Secrétaire d’Etat au Ministère des Affaires Etrangères Nigérien Chargé d’Afrique, M Chike Alex Anigbo, a réitéré, mercredi à Abuja, le soutien de son pays au "droit d'autodétermination du peuple sahraoui à travers un référendum libre et régulier sous les auspices de la communauté internationale", a indiqué une source de l’ambassade sahraouie à Abuja.

Recevant, au siège du Ministère, l’ambassadeur sahraoui au Nigéria M. Oubi Bachir, Mr. Anigbo a tenu à souligner que "cette position est inscrite et inspirée de laCharte de l’Union Africaine et son principe sacré de l’intangibilité des frontières héritées du colonialisme".

Il a en outre réaffirmé la position constante de son Gouvernement, de soutien aux efforts onusiens et les négociations en cours entre les deux parties le Maroc et le Front Polisario, pour "l'avènement d'une paix juste et durable au Sahara Occidental, dans le cadre de la légalité internationale et au bénéfice de toute la région du Maghreb", a ajouté la même source.

Pour sa part, et après avoir informé le responsable nigérien sur les derniers développements du conflit, le diplomate sahraoui a lancé un appel à la communauté internationale en générale et africaine en particulier pour "assurer la protection des civils sahraouis face à la répression cruelle des autorités marocaines dans les territoires occupés".

M. Bachir a assuré M. Anigbo de "l'entière disposition de la RASD à coopérer avec les Nations unies pour le parachèvement de la décolonisation du Sahara occidental", a conclu la même source.

L'UE octroie une aide humanitaire de 10 millions d'euros aux réfugiés sahraouis


Bruxelles, La Commission européenne a alloué jeudi 10 millions d'euros d'aide humanitaire pour répondre aux besoins fondamentaux des réfugiés sanhraouis en aide alimentaire, soins de santé, eau potable et installations sanitaires et serviront aussi à la fourniture de tentes et de produits de consommation courante.

En vertu de la nouvelle décision, 5,5 millions d'euros sont ainsi consacrés à la fourniture d’une aide alimentaire "régulière" et "diversifiée" : des produits alimentaires de première nécessité et des aliments frais, notamment pour le mois de ramadan, ainsi qu’un soutien nutritionnel garantissant aux réfugiés un apport approprié en vitamines et micronutriments.

Par ailleurs, un montant de 4,5 millions d'euros est destiné à l’amélioration des conditions de vie des réfugiés en leur assurant un accès adéquat aux services de base tels que les soins de santé, l'eau, la gestion des déchets et en leur fournissant des biens essentiels, notamment des tentes et des produits d’hygiène.

Les opérations seront mises en œuvre par les partenaires opérationnels d'ECHO : des ONG, des agences spécialisées des Nations unies et la Croix-Rouge/le Croissant-Rouge. Les aides seront acheminées par l'intermédiaire du service d’aide humanitaire de la commission (ECHO).

La Commission européenne a alloué cette aide "conformément à sa stratégie consistant à se concentrer sur les régions de grands besoins humanitaires et sur les crises oubliées", a-t-on souligné dans un communiqué.

"Ces réfugiés sont victimes d’un des plus anciens conflits +gelés+ et oubliés. Tant que ce conflit ne trouve pas d’issue politique et diplomatique, les réfugiés continueront de dépendre quasi exclusivement de l'aide internationale pour leur survie", a déclaré Olli Rehn, commissaire chargé du développement et de l'aide humanitaire.

Il a également affirmé que "la Commission s'engage à aider ces personnes vulnérables jusqu’à ce qu'une solution politique soit trouvée à leur situation difficile".

Les réfugiés sahraouis vivent depuis plus de 30 ans dans quatre camps situés dans la région de Tindouf (sud-ouest de l'Algérie). L'UE est l'un des principaux donateurs dans cette longue crise humanitaire. Depuis 1993, la Commission a fourni plus de 143 millions d'euros sous forme d'aide aux réfugiés sahraouis, manifestant ainsi sa solidarité à l’égard des victimes de cette crise prolongée.

L’Afrique du Sud réitère son soutien aux efforts de l’ONU et de l’UA pour la paix au Sahra Occidental


Cap Town (Afrique du Sud), Le président sud-africain, M. Jacob Zuma, a réitéré mercredi dans un discours prononcé à l'Assemblée nationale à Cape Town, le soutien de son pays aux efforts onusiens et africains pour l’avènement de la paix au Sahara Occidental, en présence des anciens présidents, Nelesone Mandela, Thabo Mbeki et Khalema Motlanthe accompagnés de plusieurs chefs religieux et traditionnels.

"Nous soutons les efforts de paix de l'Union africaine et l'Organisation des Nations Unies dans le continent africain, y compris dans la République arabe sahraouie et au Darfour au Soudan", a précisé M. Zuma dans son discours à la nation après son accession à la tête du pouvoir en Afrique du Sud, le 9 mai dernier.

La cérémonie a été assistée par l’ambassadeur de la RASD en Afrique du Sud, M. Salah Al Abed, qui a rencontré des parlementaires, des dirigeants politiques et des représentants de la société civile d’Afrique du Sud.

Le diplomate sahraoui a informé ses interlocuteurs des derniers développements de la question du Sahara Occidental, exprimant la gratitude du peuple sahraoui pour le soutien inconditionnel de la République d'Afrique du Sud à la cause sahraouie.

La jeunesse nigérienne appelle les jeunes africains à se mobiliser en faveur du droit du peuple sahraoui à l'autodétermination


Abuja (Nigeria), Le chef de l'organisation de la jeunesse nigériane, M. Aybenzir Awitakin, exprimé le soutien de son organisation au droit du peuple sahraoui à l'autodétermination, appleant "les jeunes africains à se mobiliser pour soutenir le droit de ce peuple à l'autodétermination par la voie d’un référendum libre et juste sous les auspices de l'Organisation des Nations Unies".

Le responsable nigérian, reçu mardi par l'ambassadeur sahraoui au Nigeria, M. Ubbi Bachir au siège de l’ambassade de la RASD, a réaffirmé "l’attachement de la jeunesse du Nigéria à une solution juste et durable à la question du Sahara Occidental, basée sur le respect de la légalité internationale et des exigences de la Charte de l'Union africaine".

Pour sa part, l'ambassadeur sahraoui au Nigéria, a exprimé au nom du peuple et de la jeunesse sahraouis, sa "profonde reconnaissance et ses remerciements au Nigeria pour la position constante de solidarité avec le peuple sahraoui durant toutes les étapes de sa lutte nationale pour la liberté et l'indépendance".

Il a également informé son interlocuteur des derniers développementsde la question du Sahara Occidental, précisant à cet égard que "le Royaume du Maroc assume la responsabilité de l’impasse actuelle, en raison de son refus de l’application des résolutions des Nations Unies et du Conseil de sécurité, ainsi que les campagnes de répression menées par les autorités marocaines contre des civils sahraouis sans défense dans les villes du Sahara occupé le Sahara occidental" .

Le président de la République participe à la cérémonie de passation de pouvoir au nouveau président du Salvador


San Salvador (Salvador), Le président de la République, Mohamed Abdelaziz, a assisté lundi soir, à un meeting organisé par le Front Farabundo Marti de libération nationale (FMLN), à l’occasion de la passation des pouvoirs au nouveau président du Salvador, Mauricio Funes, qui a remporté les dernières élections présidentielles au Salvador, en présence de nombreuses délégations des pays d'Amérique latine.

Le président de la République a déclaré que "cette victoire est le fruit d’énormes sacrifices consentis par le peuple salvadorien pour la liberté, la démocratie et la paix", soulignant les liens d’amitié et de solidarité unissant les deux peuples frères, sahraoui et salvadorien.

Par ailleurs le président de la République a exprimé ses chalereuses félicitation au président salvadorien élu, ainsi qu’au FMLN et au peuple salvadorien.

En marge de cette manifestation, M. Abdelaziz a eu plusieurs entretiens avec les chefs d'État et des délégations participantes à la cérémonie d’invéstiture du nouveau président salvadorien, notament de l’Amérique Latine. Les discutions ont porté sur les moyens devant consolider les relations bilatérales entre ces pays et la RASD.

Au cours de sa visite au Salvador, le présodent dela République a en outre déposé un bouquet de fleurs sur la tombe de leader de l’un des fondateurs du Front FMLN, à San Salvador, Shafik Handal.

Le président de la République et la délégation qui l'accompagne, a été reçu par M. Carlos Castnira Carlos Castanera, vice-ministre des affaires étrangères, le président du groupe parlementaire du parti du Front Farabundo Marti de libération nationale, M. Reyes en Othon Reyes, député, et son fils, Handal, Shafik Handal, M. Federico Fedierico Handal Chafik, des membres de la famille du défunt, et un groupe de citoyens salvadoriens.

A cet égard le président de la République a rappelé l’ensemble des valeurs et idéologies morales desquelles le défunte, Shafik Handal a sacrifé sa vie, ajoutant que le personnage de M. Handal demeure gravé dans la mémoire colléctive de l’humanité.

"J'ai été heureux de connaître cet homme, appelé par la profondeur, de sagesse et de fidélité aux idéaux et aux principes à défendre les droits des peuples à la liberté et l'indépendance", a indiqué M. Abdelaziz devant les membres de la famille de M. Handal.

Pour sa part, M. Federico Handal, , a exprimé au nom de la famille Handal, ses plus sincères remerciements et gratitude au président de la République, Mohamed Abdelaziz et la délégation qui l'accompagne, précisant que cette visite, "revêt outre la dimension historique, une dimension humaine".

Le président de la Républiqe entame depuis le 31 mai dernier, une visite officielle au Salvador pour assister la cérémonie d’investiture du nouveau président salvadorien, en compagnie du ministre d'Etat chargé de l'Amérique Latine, Alhadj Ahmad Barikallah et Abdati Breika, conseiller à la présidence de la République, rappelle-t-on.

Une Compagnie d'assurance norvégienne expulse du Sahara occidental un importateur australien d’engrais


Oslo, L'investisseur norvégien KLP a annoncé mardi avoir expulsé la société australienne d'engrais Incitec Picot de ses fonds, en raison de l'importation de phosphate du Sahara Occidental, occupé par le Maroc, a rapporté le fameux quotidien des affaires économiques norvégien, Dagens Næringsliv.

Le Front Polisario a félicité KLP pour sa décision, estimant que l’analyse juridique et éthique de l'industrie du phosphate au Sahara Occidental a été achevée". "Nous espérons que d'autres investisseurs suivent l'exemple de KLP", a dit Brahim Mokhtar, le représentant du Polisario dans les pays nordiques.

"Ce commerce est en violation du droit international, tant que les revendications du Sahara Occidental et ses ressources naturelles par le Maroc sont illégales", selon l’avis juridique émis par le sous-secrétaire général de l’ONU aux affaires juridiques, Hans Corell en 2002, a précisé Jeanett Bergan, chef de Responsable des investissements de KLP, dans un communiqué de presse rendu publique mardi.

Une autre société Wesfarmers a été auparavant expulsée en raison des importations illégales des richesses naturelles du Sahara Occiental pendant plusieurs années, a souligné la même source.

Il est à rappeler que l’entreprise norvégienne d'engrais,Yara avait arrêté ses activités après qu’elle a été mise sous haute surveillance par KLP en 2008, pour la même raison.

KLP gère plus de 200 milliards de couronnes (environ 23 milliards d'euros), au nom de plus de 500.000 citoyens norvégiens, rappelle-t-on.