domingo, 8 de fevereiro de 2009

liberdade, liberdade


A Freedom House , organização não governamental que estimula a expansão de liberdade no mundo, e que monitora direitos políticos e liberdades civis desde 1972, divulgou no dia 12 de Janeiro de 2009,o relatório Freedom in the World 2009. De acordo com o relatório, 2008 foi o terceiro ano consecutivo de declinio da liberdade global. Isso foi mais evidente na região do Sub-Sahara africano, algumas regiões da antiga União Soviética e também na China.

Foram pesquisados 193 paises e 16 territorios, classificados nas categorias “Livre”, “Parcialmente Livre”, e “Sem Liberdade”. O relatório inclui uma analise do governo Bush e sugere prioridades de ação para Barack Obama e os líderes de outras democracias estabelecidas. O documento rejeita com firmeza a premissa de engajamento oportunista com líderes autoritários, ignorando suas ações de repressão e cerceamento de liberdades civis.

Embora os retrocessos em 2008 não tenham representado decadencia substancial de liberdades para a maioria dos paises, foram mais numerosos e afetaram mais regiões. No total, 34 paises apresentaram declínio e 14 mostraram ganhos de liberdades.

Três paises mudaram de status em função de retrocessos: Afeganistão e Mauritania, passaram de “Parcialmente Livre” para “Sem Liberdade”, e o Senegal, de “Livre” para “Parcialmente Livre”. Outros três paises, todos do sul da Asia, passaram de “Sem Liberdade” para “Parcialmente Livre”: Paquistão, Maldivas e Butão. Na Europa, Itália e Grecia apresentaram discreto declinio.

O número de paises considerados livres em 2008 pela Freedom in the World são 89, representando 46% dos paises do mundo e 46% da população global.
Enquanto isso, 62 paises foram considerados parcialmente livres. Eles representam 32% dos paises pesquisados e 20% da população mundial.

O relatório apontou 42 paises sem liberdade, representando 22% do número total de paises analisados e 34% da população do mundo. Cerca de 60% dessas pessoas vivem na China.

Na classificação de “democracias eleitorais” encontram-se 119 paises. A Mauritania, Venezuela e Republica Centro Africana foram desqualificadas dessa lista, enquanto a Bosnia-Herzegovina e Bangladesh ganharam destaque como exemplos de democracias eleitorais recentes.

De uma maneira geral as Americas tiveram boa pontuação nesse quesito, apesar do aumento da criminalidade em alguns paises e a manutenção de lideranças populistas. Paraguai e Cuba mereceram menção por melhorias no processo político, apesar do regime cubano continuar sendo um dos mais repressivos do mundo. Colombia, Nicaragua e Mexico, além da já citada Venezuela estão entre os paises que registraram declinio nos direitos politicos e liberdades civis.

Na categoria “Piores dos Piores” estão 42 paises classificados como sem liberdade. Desses, oito receberam a pior pontuação da pesquisa: Coreia do Norte, Turquemistão, Ubzequistão, Libia, Sudão, Burma, Guiné Equatorial e Somalia. Dois territórios estão na mesma situação: Tibete e Chechenia. Onze outros paises e territorios receberam notas apenas um pouco melhores: Belarus, Chade, China, Cuba, Eritreia, Laos, Arabia Saudita, Siria, Zimbaube, Ossetia do Sul e Sahara Ocidental.

Para ler o relatório integral da pesquisa realizada pela Freedom House com mapas, graficos, tabelas e descrição da metodologia clique aqui http://www.freedomhouse.org/template.cfm?page=445

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